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Rede nada discreta
São Paulo - Corria o anode 1969 nos Estados Unidos e a crise interna, provocada pela Guerra do Vietnã, dividia a população entre os que eram contra e a favor do conflito. Richard Nixon concorria à presidência e sabia que os conservadores o apoiariam e que os pacifistas militantes não queriam vê-lo nem de longe. Entre uns e outros estava o que Nixon chamou de a “maioria silenciosa”, aqueles americanos que preferiam não se manifestar. Dirigindo-se a eles, Nixon não só ganhou a eleição, como tornou famosa a expressão. Em tempos de Twitter e redes sociais, essa “maioria silenciosa” ganhou voz e poder. As revoluções que varreram o mundo árabe são um exemplo. Organizadas pela web, elas lotaram as praças e derrubaram regimes autoritários. Agora, essas mesmas redes são responsáveis por calar os ativistas, mandados para a prisão. A acusação? Suas atividades nas redes sociais.
Fáceis de rastrear, serviços como Twitter, Facebook, Orkut e até a inofensiva rede corporativa LinkedIn reúnem milhões de pessoas que, ávidas por expressar sua opinião, o fazem muitas vezes sem pensar nas consequências. “Como se trata de um fenômeno novo, as pessoas ainda não sabem como levar suas vidas online”, diz a psicóloga Luciana Ruffo. Terão de aprender bem rápido, ou podem se encrencar.
É o que mostram o redator-chefe Gustavo Poloni e os jornalistas Aline Monteiro e Victor Caputo. Eles mergulharam num lado pouco visível das redes sociais e nos contam casos como o de Alberto Azevedo, o jovem que foi impedido de entrar na Austrália porque os oficiais da imigração acessaram, pelo Twitter, uma conversa em que combinava com um amigo australiano sua participação, como DJ, em uma festa. Entenderam tratar-se de trabalho ilegal. Resultado: sem tirar os pés do aeroporto, o rapaz foi mandado de volta ao Brasil. Ou ainda o caso da carioca que descobriu um perfil secreto do marido no Orkut, povoado por mulheres, e pediu o divórcio.
Nas empresas, as demissões por opiniões divergentes postadas na web também já acontecem, assim como a prática das áreas de RH de fuçar a vida virtual de futuros contratados (ou recusados, dependendo do calor dos últimos comentários e das fotos postadas). E nossos aguerridos repórteres? Teriam problemas se seus perfis fossem vasculhados? A julgar pelas páginas de Gustavo, Aline e Victor no Facebook, que reúnem fotos de viagens, de amigos em baladas certinhas e retratos de família, com certeza passariam ilesos pelos testes de qualquer RH.
Fonte : https://info.abril.com.br/noticias/extras/rede-nada-discreta-05072011-29.shl